Privativo - Compras no Paraguai

LEVA E TRAZ

De R$ 350,00 Por R$ 320,00
Desconto válido para pagamento à vista

Veículo sedan executivo
Até 4 pessoas
5h de duração

Transporte para Compras no Paraguai

Vá de Foz do Iguaçu para compras em Ciudad del Este no Paraguai com conforto e segurança. Faça a reserva do nosso transporte privativo Leva e Traz. Buscamos você em todos os hotéis de Foz do Iguaçu, com destino a Ciudad Del Este, Paraguai. O transporte é feito em veículos sedans, com ar condicionado, confortáveis, e motoristas experientes.

Transporte de Foz do Iguaçu para compras no Paraguai

Realizamos o transporte para compras no Paraguai, com veículo privativo, assim você tem mais flexibilidade nos dias e horários. Além do transporte para compras no Paraguai ser leva e traz, o de permanência nas compras são de 5 horas. Indicamos sair cedo, para evitar filas na Ponte da Amizade (Brasil/Paraguai) e fazer as compras com mais tranquilidade, evitando pegar longas filas nos caixas das lojas, no pacote, e até mesmo para testar as mercadorias.

Ciudad Del Este no Paraguai, recebe uma média anual de 400.000 pessoas, que atravessam a ponte em busca de produtos bons e baratos. Muitas pessoas ainda tem o conceito de que no Paraguai só existam produtos falsificados. Mas Isso vem mudando aos poucos!

A verdade, é que podemos encontrar muitos produtos originais,desde eletrônicos,perfume, brinquedos, a grifes famosas. Encontramos até produtos que ainda não chegaram no Brasil e economizar um bom dinheiro no país vizinho. Então aproveite sua passagem por Foz do Iguaçu, e contrate nosso transporte turístico em de Foz do Iguaçu para compras no Paraguai, e passe o dia aproveitando Ciudad del Este.

Nosso transporte para compras no Paraguai

Maioria dos turistas que decidem vir à Foz do Iguaçu, aproveitam para fazer compras no Paraguai, com o objetivo de pagar mais barato. O transporte para compras no Paraguai, proporciona maior conforto e praticidade, evitando assim, transtornos e preocupações desnecessárias. Nosso transporte para compras no Paraguai é leva e traz, ou seja, buscamos nossos clientes em seu local de hospedagem, levamos para as compras e retornamos com toda a segurança. O Transporte leva e traz é realizado com veículo sedan executivo, com parada em Ciudad del Este no Paraguai. Os motoristas são pontuais, atenciosos e prestativos, com anos de experiência em transporte de passageiros na Tríplice Fronteira, proporcionando aos clientes um dia de compras incrível! Nossos clientes saem do hotel, em um veículo climatizado, confortável, e com muita segurança.

Durante o percurso até as compras no Paraguai, passaremos dicas de lojas, e outras informações úteis. Após o término das compras, faremos novamente o transporte de volta para o hotel em Foz do Iguaçu com segurança e conforto. O motorista deixa o cliente no Shopping em Ciudad Del Este, e quando quiser retornar poderá mandar mensagem (com 1 hora de antecedência) ou deixar um horário marcado. Caso o cliente tenha criança pequena disponibilizamos cadeirinha, para a segurança do menor (avisar com antecedência).

Cuidados ao fazer compras no Paraguai

Dê prioridade a lojas grandes de renome são mais confiáveis. Não acompanhe guias de rua, com indicações de lojas, existem muitas pessoas boas, mas também tem mal-intencionadas. A loja vai te cobrar mais caro pelo produto para tirar a comissão “deles”. Se você não comprar nenhum produto, vão querer cobrar por ter te acompanhado. Evite pegar transportes, como vans paraguaias e outros meios de transporte, para se deslocar de uma loja para outra dentro do Paraguai. Você pode estar correndo um risco desnecessário. Faça um teste de todos os produtos eletrônicos que estiver comprando, pois depois que sair da loja, as coisas podem ficar mais complicadas, mesmo que o produto tenha garantia.

Consigo comprar no Paraguai com cartão de crédito e débito?

Sim !É no Paraguai conseguimos comprar utilizando tanto cartão de crédito quanto débito, porém é necessário o cartão ser internacional, e apresentar no momento da compra o RG ou passaporte, não é aceito CNH. Antes de ir para suas compras no Paraguai, verifique se seu cartão está desbloqueado para compras internacionais, mesmo sendo internacional, pode ser que não esteja desbloqueado. Com a utilização do seu cartão internacional, as lojas iram cobrar além do IOF, uma taxa da loja. Utilizando o cartão, suas compras serão convertidas em Guarani (moeda do Paraguai) e sua fatura do cartão virá em dólar, fique atento à cotação da operadora do seu cartão (A cotação do dólar no cartão é maior que a da loja).

Mercadorias que são proibidas comprar no Paraguai e trazer para o Brasil

Pneus, produtos que a quantidade, natureza ou variedade indiquem intenção comercial. Explicando melhor, caso você compre muitos produtos iguais, que dê a entender que irá comercializar, provavelmente terá problemas. Além desses mencionados, temos outros, como: cigarros e bebidas fabricados no Brasil, destinados à venda exclusivamente no exterior, substâncias entorpecentes ou drogas. São proibidos também qualquer tipo de remédios, emagrecedores, suplementos, vitaminas, anabolizantes etc. Na lista de proibidos conta também com armas e munição, mesmo sendo de brinquedos com aparência de armas de verdade.

Dicas importantes para Compras no Paraguai

Dê preferência para fazer suas compras em lojas de nome, pois elas possuem garantia dos produtos alem de troca e conserto, caso precise. Tenham sempre em mãos o RG ou passaporte, no momento da compra, não será aceita a CNH! Passe o cartão somente em lojas grandes com nome, para não ter dor de cabeça no futuro como a clonagem do cartão, ou valores diferentes do combinado. Saia cedo do hotel para evitar congestionamento na ponte da Amizade (ponte Brasil/Paraguai) Pesquise lojas e preços dos produtos de interesse na internet antes ir, ou consulte o motorista, que pode te ajudar com dicas e sugestão! Não acompanhe os guias de rua no lado Paraguaio, que se oferecem para lhe ajudar ou para levar em lojas! Pessoas com crianças pequenas, e desejam fazer a compras no Paraguai com mais tranquilidade, indicamos ir aos domingos, pois nesse dia o movimento é bem menor, comparado a outros dias da semana.

Informações de Cota para comprar no Paraguai

A cota de compras no Paraguai é de US$ 500, por pessoa e se renova mensalmente (30 dias). Caso você decida comprar em Ciudad del Este no Paraguai, mais de uma vez dentro de um mês, perderá o direito a cota nas outras compras. A cota de U$ 500 é individual e não pode ser transferido, também não pode fazer a soma com a cota de outras pessoas. Caso ultrapasse o valor e faça a opção de declarar o produto, é obrigatório o pagamento de 50% de imposto adicional sobre a diferença. A declaração do produto comprado no Paraguai, deve ser realizado na Aduana brasileira, que é considerada zona Primária, caso tenha ultrapassado o valor a cota, e querer passar no Raio x do aeroporto, a Polícia Federal entrará em ação, pois no aeroporto é considerada zona Secundária, e você poderá perder os produtos.Não há restrição em relação ao volume ou peso dos produtos comprados em Ciudad Del Este, mas além do valor da cota, existem algumas regras sobre a quantidades, e quais produtos permitidos.

O que Comprar no Paraguai

Perfumes, cosméticos e maquiagem, eletrônicos, celulares, equipamentos de informática, games, brinquedos, equipamentos fotográficos, artigos esportivos.

Horário do transporte para Compras no Paraguai

Nosso transporte privativo para compras no Paraguai, não possui um horário fixo para saída e retorno. Podendo ser a partir das 6:00 horas. Porém, indicamos sempre sair cedo, para não ficar preso na fila da ponte, perdendo tempo, e evitando transtornos desnecessários.

Conhecendo um pouco da História do Centro de Compras no Paraguai

Falar do Paraguai e de Ciudad del Este no Brasil remete a um conjunto de estereótipos e pressupostos que correspondem, de fato, a dois leques de imagens diferentes. O primeiro deles associa-se a produtos e qualidades. O segundo, amargens e ilegalidades. Ambos os aspectos estão vinculados à dinâmica comercial desenvolvida na fronteira. Seja por se tratar do lugar de procedência de muitos dos produtos que contribuíram, em nosso país, para a transformação do gentílico “paraguaio” em um adjetivo que qualifica algo que não é comodeveria ser – algo que é falso ou adulterado seja por se tratar do lugar onde grupos de origens diversas (brasileiros e paraguaios, árabes, chineses, coreanos e indianos, entre outros) trabalham em atividades que têm movimentado milhões de pessoas, produtos e dólares, envolvendo todo um leque possível de afazeres que possam render algum dinheiro.

Transporte para compras no Paraguai

Localizada no extremo Oeste do Paraguai, Ciudad del Este é separada pelo rio Paraná da cidade brasileira de Foz do Iguaçu. À sua frente, do outro lado do rio Iguaçu, localiza-se a cidade de Puerto Iguazú, na Argentina. Na confluência destes dois rios encontram-se os limites internacionais dos três países. Sobre eles, foram erguidas as duas pontes que os unem: a Ponte daAmizade (Ciudad del Este-Foz do Iguaçu) e a ponte Tancredo Neves (Foz do Iguaçu-Puerto Iguazú).

Ciudad del Este é a capital do Estado do Alto Paraná – um dos 17 estados que formam o Paraguai – e a segunda cidade do país em importância demográfica e econômica. Com uma população de 222.274 habitantes em 2002,3 a cidade se desenvolveu, desde a sua fundação, em 1957, como uma alternativa dinâmica à tradicional importância da capital, Assunção. Com jornais locais, universidades, um aeroporto internacional e uma importante infraestrutura urbana – ainda que precária e desigual – Ciudad del Este é fundamental no Paraguai contemporâneo. Foz do Iguaçu também teve um desenvolvimento significativo nas últimas décadas e, em muitos aspectos, mais acabado do que o da cidade paraguaia; ao menos no que diz respeito à mídia, à infraestrutura urbana e mesmo a determinados bens e serviços. Foz do Iguaçu, por sua vez, é muito menos significativa para a dinâmica estadual e nacional brasileira.

Com uma população de 256.088 habitantes, no ano de 2010, Foz era a sexta cidade do Estado do Paraná, uma das 27 unidades federativas que compõem o Brasil. Comparada com as anteriores, a argentina Puerto Iguazú é uma pequena cidade, com pouca ou nenhuma autonomia em termos de produção ou reprodução de uma esfera pública local. Com 42.849 habitantes, em 2010, era a quarta cidade da Província de Misiones, um dos 23 estados da Argentina.

As cidades de Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu são destino obrigatóriopara visitar as Cataratas do Iguaçu, importante ponto turístico da AméricaLatina.A dinâmica econômica de Puerto Iguazú gravita em torno do turismo e do comércio a ele vinculado. O turismo também ocupa um lugar fundamentalna dinâmica econômica de Foz do Iguaçu. No entanto, outras duas atividades são cruciais para entender seu desenvolvimento: o comércio de produtos brasileiros para os países vizinhos (principalmente, para o Paraguai) e a produção de energia elétrica. Localizada alguns quilômetros ao norte de Ciudad del Este e Foz do Iguaçu, a represa hidrelétrica de Itaipu produz energia de forma compartilhada entre os dois países.

Se a importância do turismo para os lados argentino e brasileiro derivado atrativo natural que compartilham – as cataratas –, o comércio e a geraçãode energia que compartilham Foz do Iguaçu e Ciudad del Este foram o resultado de apostas políticas, de desenvolvimentos governamentais e empresariais e, fundamentalmente, do trabalho de milhares de pessoas. Entre elas estão os imigrantes vindos do Paraguai e do Brasil que ajudaram a levantar a hidrelétrica a partir da década de 1970 e, desde então junto com imigrantes de diversas partes do mundo, transformaram os mercados localizados nas cabeceiras daponte que une ambas as cidades em um dos espaços comerciais mais dinâmicos do continente.

O movimento na Ponte da Amizade é bastante intenso. Em grande parte,isto se deve aos diversos serviços de transporte que operam pela ponte, levando e trazendo pessoas e mercadorias. No ano de 2001, em média 18.500 veículos e 20 mil pedestres atravessavam a ponte diariamente em ambos os sentidos. Mas esses números não correspondiam a 18.500 veículos ou 20 mil pessoas diferentes, compondo cifras que se desagregavam de diversas maneiras. Por um lado, havia os que cruzavam a ponte somente uma vez e não voltavam mais naquele dia (a minoria), havia os que iam e voltavam uma vez ao dia (que trabalhavam em Ciudad del Este ou em Foz do Iguaçu e viviam do outro lado da ponte) e, por último, aqueles que cruzavam a ponte várias vezes num mesmo dia, seja carregando mercadorias, transportando pessoas ou dirigindo. Por esta razão, o movimento registrado na ponte corresponde mais ao de uma ponte urbana do que ao de uma rodovia – o corredor formado pela Rota Internacional VII (Paraguai) epela BR-277 (Brasil), que ligam o centro do Paraguai à costa atlântica brasileira.

Tanto movimento se tornava compreensível a partir das áreas comerciais próximas à Ponte da Amizade. A posição ocupada por cada uma delas na dinâmica citadina era distinta, resultado da história e da orientação de cada cidade em termos de atividades e de espaços. Em Foz do Iguaçu, a área próxima à ponte é periférica dentro da cidade, sendo que o centro, que concentra a maior quantidade de serviços (os escritórios centrais dos serviços públicos e privadose o centro comercial da cidade) está localizado a alguns quilômetros dali.

Contrariamente, a área de Ciudad del Este próxima à ponte constitui o centro da cidade, onde se concentram os serviços privados (a maior quantidade de entidades bancárias e comércios) e, em seu limite, os principais escritórios públicos. Foz do Iguaçu foi fundada como colônia militar em 1889, e o centro administrativo e comercial cresceu ao redor do lugar de sua fundação. As terras próximas à Ponte da Amizade permaneceram marginais ao desenvolvimento urbano. Logo após a inauguração da ponte, em 1965, essa área começou a se urbanizar, com o desenvolvimento dos bairros de Vila Portes e Jardim Jupira, direcionados ao comércio com o Paraguai.

Transporte para compras no Paraguai

A fundação de Puerto Presidente Stroessner, em 1957 – nome original de Ciudad del Este – vincula-se à construção do corredor entre o centro doParaguai e os portos oceânicos nos quais o governo brasileiro havia facilitadoas exportações e importações paraguaias: Santos, em 1941, e Paranaguá, em 1956. A eleição do local para a fundação da cidade foi determinada pelo local escolhido para a construção da ponte que atravessaria o rio Paraná.

O fato de o prédio da Aduana, ao lado da rodovia que chega à Ponte da Amizade, ser o primeiro edifício de importância em Puerto Presidente Stroessner reflete a centralidade dessa conexão para o desenvolvimento da cidade. Ao lado dessa rodovia, na saída da ponte, está localizado o centro comercial da cidade ou, como é chamado por lá, o microcentro. Em seus estabelecimentos comerciais, galerias, shoppings e postos de venda de rua, são oferecidas mercadorias, em sua maioria compostas por produtos importados de diversas partes do mundo, especialmente do Sudeste Asiático. Um enorme mercado.

Compras em Ciudad del Este no Paraguai, comercio de fronteiras em movimento

Considerando a origem, o lugar de residência e o local de trabalho das pessoasque participam do comércio de Ciudad del Este, o movimento na Ponte da Amizade é de uma enorme complexidade. Descrever este movimento talvez seja amelhor maneira de entender a dinâmica daquele espaço. Tentarei apresentar,a partir da descrição de um dia de trabalho, o funcionamento dos mercados localizados nas cabeceiras da ponte. De madrugada, no microcentro, estão os guardas privados que cuidam dos negócios, todos eles paraguaios residentes em Ciudad del Este ou em suas imediações.

À medida que amanhece, os negócios vão abrindo. Chegam seus donos ou seus responsáveis; muitos são chineses, árabes e paraguaios, mas também há brasileiros, coreanos e indianos. Vários deles vivem em Foz do Iguaçu e, portanto, têm que atravessar a ponte. Os moradores de Ciudad del Este – muitos chineses e árabes residem no centro da cidade – chegam a pé. Outros vêm de bairros mais nobres, mais afastados.

Do lado brasileiro também começa o movimento. Os paraguaios, donos e empregados das exportadoras localizadas em Vila Portes, cruzam até Foz do Iguaçu em seus veículos ou a pé, assim como os paseros que, a essa altura, já começaram seu ir e vir pela ponte. Os demais comerciantes de Vila Portes e Jardim Jupira que vivem em Foz de Iguaçu, assim como os empregados, chegam dos bairros localizados nesta mesma cidade.

Vários comerciantes – especialmente árabes – também vivem nesses mesmos bairros. Em Ciudad del Este, os seguranças particulares chegam a pé ou em pequenas caminhonetes que fazem a distribuição dos empregados nos locais que vigiam. Antes ou simultaneamente aos donos, chegam os empregados dos comércios. Os paraguaios – são mulheres em sua maioria – vêm de diversos bairros da cidade.

Os brasileiros em proporções similares cruzam de Foz do Iguaçu, constituindo, até setembro de 2001, o grosso dos empregados do comércio do microcentro. Em algumas áreas do centro, muitos dos postos de comida de rua são de brasileiros que também vêm de Foz do Iguaçu, este é também o caso de alguns restaurantes e lanchonetes dentro das galerias. Ainda que existam, são poucos os brasileiros que trabalham no micro centro e vivem em Ciudad del Este.

Transporte para compras no Paraguai

Muitos donos e encarregados dos negócios que vivem em Foz do Iguaçu cruzam a fronteira em seus veículos. Alguns chegam nos ônibus interurbanos que circulam entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este. A maioria dos empregados brasileiros que trabalha em Ciudad del Este chega de ônibus em Vila Portes e atravessa a ponte caminhando ou de moto táxi.

De bairros próximos e mais afastados do microcentro chegam todos aqueles que trabalham nas ruas do centro que, salvo poucas exceções, são paraguaios: vendedores de rua, ambulantes, vendedores de loteria, carregadores,engraxates (em sua maioria, crianças). Ali também chegam os cambistas quese dedicam à compra e venda de moedas – todos eles homens e paraguaios – ese instalam em seus respectivos lugares, alguns com seus bancos ou cadeiras nos quais se sentarão durante o dia, à espera de clientes

Os taxistas, moto taxistas e kombistas paraguaios (todos homens)também se preparam para começar seu dia de trabalho. Os taxistas chegam a suas paradas oficiais, os moto taxistas ocupam seus pontos regulares e os kombistas começam a descer rumo à ponte, esperando encontrar clientes entre os compradores que retornam a Foz do Iguaçu com suas mercadorias. Os laranjas brasileiros – mais mulheres do que homens – cruzam até Ciudad del Este, onde se situarão na entrada de alguma galeria ou autoserviço, ou, se não, em alguma das lanchonetes localizadas dentro das galerias. Ali esperam por algum patrão (sacoleiro conhecido) ou por outro comprador que os contrate para cruzar a ponte.

Os sacoleiros são aqueles que viajam até lá para comprar mercadorias mais tarde revendidas em suas cidades de origem. Eles vão chegando nos respectivos ônibus interestaduais. As pessoas que cruzam a ponte nesse tipo de ônibus esperaram poder passar toda a mercadoria em uma única viagem. Para tanto, além de precisarem aguardar que todos terminem suas compras e carreguem-nas no ônibus, elas devem esperar o momento mais propício para cruzar, ou seja, quando a fiscalização na alfândega brasileira estiver menos rigorosa. Outros compradores cruzam a ponte caminhando, em mototáxi ou em ônibus locais.

Alguns o fazem várias vezes por dia, multiplicando o número de passagens para se adequar à quota estabelecida pela lei brasileira de ingresso de mercadorias para uso pessoal. Outros contratam laranjas para passar com eles, multiplicando o número de pessoas para diminuir as viagens. Todos retornam a Foz, acumulam suas mercadorias nos guarda-volumes perto da ponte ou em algum hotel próximo e voltam acruzar a ponte, caminhando, em algum moto táxi ou aproveitando o retorno de um táxi ou kombi paraguaios. Assim farão até completarem as compras. A variedade é a norma entre os compradores: os homens são maioria, mas asmulheres não são poucas. Entre eles, há jovens e velhos, mas a maioria está na faixa dos 30 aos 50 anos.

Transporte para compras no Paraguai

Esse movimento continuará até às 16h. A partir daí, pouco a pouco,os negócios começam a fechar suas portas, e os caminhos percorridos serão refeitos para o regresso à casa, esteja ela em algum dos bairros de Ciudad del Este ou de Foz do Iguaçu ou nas cidades de origem dos sacoleiros.

Aquilo que foi convergindo durante o dia começa a divergir lentamente, com o entardecer. Considerando este ir e vir, o movimento na Ponte da Amizade torna-se compreensível e corrobora sua descrição como “ponte urbana”, sugerida pelo diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) brasileiro. No entanto, este movimento não é uma demonstração da irrelevância do limite internacional, sendo, antes, decorrente da sua existência. De fato, a expansão quantitativa do movimento responde a uma preocupação qualitativa: minimizar os riscos a partir da adequação relativa ao que estabelece a lei.

O paradoxo está no fato de que a multiplicação gerada por esta preocupação – transportes e laranjas – dificulta o controle. A quantidade de pessoas e veículos impõe de fato um limite ao controle sistemático da fronteira, em parte pela impossibilidade concreta de realizá-lo, em parte porque a decisão de colocá-lo em prática tem implicações diversas. Tratar-se de enfrentar milhares de pessoas, de interromper o fluxo entre os dois países, de deter o movimento de uma série de circuitos a partir dos quais milhares de pessoas ganham a vida.

Empreender tais ações requereria, além da infraestrutura necessária para poder realizá-los, a decisão política de intervir em um espaço no qual se cruzam interesses municipais, estaduais, nacionais e internacionais. Ciudad del Este e Foz do Iguaçu compartilham algo mais que a Ponte da Amizade. Em ambas as cidades, as áreas comerciais próximas à ponte estão direcionadas ao outro lado da fronteira. No entanto, a forma como estão organizadas e os produtos que vendem são bem diferentes.

Os próprios nomes das lojas já expressam isto. Em Foz do Iguaçu, são casas de exportação e comércios: vendem e levam produtos brasileiros ao outro lado da fronteira, às vezes diretamente, outras, por intermédio de pessoas que realizam o transporte, os paseros. Em Ciudad del Este, são casas de importação e comércios: trazem e vendem produtos de outras partes do mundo e, em teoria, os compradores vêm à cidade para buscá-los. Para ingressar com eles em seu país, os compradores às vezes utilizam pessoas que realizam o transporte e que assumem a propriedade da mercadoria, os laranjas.

Vistos de Ciudad del Este, os compradores são pessoas de passagem pela cidade – todos turistas, como são chamados por lá. Mas há os turistas os “verdadeiros turistas” – e os compristas – como são chamados aqueles que ganham a vida revendendo esses produtos, os também chamados sacoleiros. A diferença entre estes dois tipos de agentes tem uma matriz histórica: se a cidade começou como um centro comercial para turistas, em um determinado momento passou a ser um centro de provisão de mercadorias para revendedores.

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