Privativo - Marco das Três Fronteiras

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Transporte para o Marco das três Fronteiras

Transporte com veículo privativo leva e traz para o Marco das três fronteiras em Foz do Iguaçu. O passeio no marco das três fronteiras é deslumbrante, onde podemos conhecer um pouco da história local, além de apreciar a belíssima paisagem que forma a tríplice fronteira. O passeio no marco das três fronteiras, também pode ser realizado no city tour de Foz do Iguaçu.

Sobre o Marco das Três Fronteiras em Foz do Iguaçu

Seu passeio no Marco das 3 Fronteiras será cheia de surpresas maravilhosas no lugar mais charmoso de Foz do Iguaçu. O marco possui uma história especial dos povos, nações e culturas. O obelisco que demarca a fronteira brasileira, o marco dos três países (Brasil, Paraguai e Argentina). Para apreciar esse local, você pode fazer sentado ou caminhando pelas praças do atrativo. O passeio é recomendado para todas as idades, e a infraestrutura do local é totalmente acessível, segura e encantadora.

Pôr do sol no marco das três Fronteiras

Sem sombra de dúvidas o marco das três fronteiras é um dos pontos mais bonitos de Foz do Iguaçu para ver o pôr do sol, onde os visitantes contemplam a natureza local, com um entardecer deslumbrante.

As tradicionais apresentações culturais do Marco das três Fronteiras são realizadas antes e depois do pôr do sol. Os shows culturais são apresentados aos visitantes pelas 6:30 da tarde.

Um pouco sobre o marco das três Fronteiras

O imaginário sobre Foz do Iguaçu é fortemente marcado pelo seu patrimônio natural. As Cataratas do Iguaçu foram reconhecidas pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade em 1984. Entretanto, não são apenas as cataratas que possuem importância internacional na cidade. Entre os bens culturais de maior relevância está o obelisco do Marco das Três Fronteiras, construído em 1903, para celebrar a resolução pacífica de um longo conflito territorial com a Argentina.

Essa disputa ficou conhecida como a Questão de Palmas. Nota-se que tanto no século XIX quanto no século XX, houve diversos conflitos militares entre países latino-americanos por razões territoriais. Para citar alguns exemplos, a Guerra do Pacífico, confrontando Chile às forças do Peru e Bolívia (1879-1883), a Guerra do Acre (1899-1903), a Guerra do Chaco, entre Bolívia e Paraguai (1932-1935), e a Guerra de Cenepa, entre Peru e Equador (1995).

Milhares de nossos conterrâneos pereceram em tais conflitos, que poderiam ter sido evitados através de diálogos de paz. Porém, o litígio territorial que adentrou o século XX entre a República do Brasil e a República Argentina felizmente não suscitou em conflito armado e foi resolvido de forma pacífica.

Após demarcação por um grupo de cooperação Brasil-Argentina, que ergueu cerca de 310 obeliscos nos 25 km de fronteira seca entre os dois países, com distância média de 80 metros entre eles de forma que todos sejam intervisíveis, foi erguido um obelisco na margem brasileira e outro na margem argentina, no encontro do Rio Iguaçu com o Rio Paraná.

Marco das três Fronteiras
Marco das três Fronteiras

Tais obeliscos não foram construídos apenas para demarcar o território, pois os rios já demarcam facilmente as fronteiras. Inaugurados simultaneamente, os obeliscos brasileiro e argentino foram erguidos também para celebrar a paz e a resolução amistosa do litígio territorial.

Recentemente a área do obelisco foi cedida ao consórcio Cataratas S/A, para reformas e exploração turística. Não obstante, na narrativa histórica construída no local, ainda não há menção substancial sobre a importância histórica do obelisco. Para surpresa dos visitantes e dos próprios residentes da cidade, o bem cultural ainda não se encontra tombado.

É importante deixar claro que no que tange a questão da atratividade econômica, bens culturais tombados possuem forte potencial turístico, um exemplo disso é o fato de os principais destinos turísticos do mundo, devido absolutamente ao seu patrimônio histórico cultural preservado. Bens culturais tombados recebem visibilidade e reconhecimento para além das localidades onde estão inseridos, não inviabilizando a realização de atividades turísticas e econômicas, muito pelo contrário, as impulsiona.

História do marco das três Fronteiras

No período colonial, houve diversas desavenças entre Portugal e Espanha sobre as fronteiras que separavam seus territórios americanos.

A defasagem do Tratado de Tordesilhas (1494), provocada principalmente pela inserção continental dos bandeirantes, procurou ser resolvida com o Tratado de Madri (1750), utilizandose o principio romano do uti possidetis, que garante a posse do território apenas a quem de fato o ocupa. Nesse tratado, Portugal assegurava os atuais estados do Rio Grande do Sul, partes de Santa Catarina e Paraná e cedia a Colônia de Sacramento, abrindo mão da sua influência no estuário do Rio da Prata.

Marco das três Fronteiras
Marco das três Fronteiras

Não obstante, os trabalhos de demarcação prosseguiram de forma lenta e precária principalmente pela dificuldade de locomoção e sobrevivência em uma região inóspita e exposta a ataques indígenas guaranis.

Como consequência direta, o Tratado de Madri provocou a Guerra Guaranítica (1754-1756), pois os missioneiros espanhóis em conjunto com os índios aculturados se recusavam a deixar suas missões no atual solo brasileiro e mudar-se para a outra margem do rio Uruguai. Essa mudança significava deixar seus lares aos portugueses, associados pelos índios aos bandeirantes que saqueavam e destruíam seus povos, escravizando sua gente apenas algumas décadas atrás.

Em 1759, formou-se uma comissão que partiu para explorar e demarcar a área. Como havia pouco conhecimento topográfico da região, era necessária a presença de índios e mestiços para guiar a equipe e fornecer informações sobre os rios e montanhas utilizados como limites fronteiriços. A missão da comissão era realizar a demarcação a partir de dois grandes rios, o Uruguai e o Iguaçu, utilizando rios menores para conectá-los, o rio Peperi-Guaçu, que já havia sido usado como limite desde o século XVII, e o rio Santo Antônio.

Enquanto a turma de demarcadores portuguesa explorava e determinava os pontos geográficos, os espanhóis avançaram em território português na margem direita do rio Uruguai em direção à foz de outro rio que já figurava, embora sem nome, nos mapas do começo desse século. A partir deste rio que nomearam de Peperi-Guassú, buscaram no lado oposto da serra um rio para fazer a ligação entre os dois grandes rios. Na realidade estes rios eram, respectivamente, o Chapecó e o Jangada.

Pela interpretação espanhola, os portugueses perderiam um imenso território de 30 mil quilômetros quadrados, abrangendo a parte ocidental de Santa Catarina e Paraná, tomando quase a totalidade da comarca de Palmas. Apesar de ter sido anulado pelo Tratado do Pardo (1761), o Tratado de Madri foi importante para a definição das linhas gerais dos contornos naturais (rios e montanhas) usados no Tratado de lldefonso.

Os litígios territoriais continuaram com a independência das colônias e o Império do Brasil tinha dificuldades de gerenciar um vasto território e, a exemplo do que ocorreu na América hispânica, a possibilidade de fragmentação desse território em países menores era real.

Por mais que o governo imperial tenha tentado elaborar uma nova comissão para resolver o problema dos nomes e localização dos rios, nem as atividades científicas nem a diplomacia bilateral conseguiram uma solução. Com a queda do Império, o impasse ficaria na responsabilidade da jovem república brasileira para resolução.

Na passagem do século XIX para o XX, a fronteira entre Brasil e Argentina ainda era obscura e controversa, o conflito parecia eminente. Porém entrar em guerra naquele momento com a Argentina seria para o Brasil ter guerra em duas fronteiras, pois já estava em conflito armado com a Bolívia, na Guerra do Acre (1899-1903).

Além do litígio com a Bolívia ao norte, a fronteira entre os estados de Paraná e Missiones não estava definida ao sul, constituindo mais um desafio para a diplomacia sul-americana e um momento de incerteza nas relações internacionais da região. Esse antigo impasse territorial ficou conhecido como a Questão de Palmas.

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